Rent-a-Pal [texto de 2021]
Rent a Pal (2020) - Jon Stevenson.
Quem nunca entrou num desses sites de relacionamentos apenas para conversar com alguém aleatório? Sem pretensões, apenas para bater um papo. É igualmente deprimente, as pessoas parecem robôs conversando, é difícil encontrar alguém com interesse de realmente te conhecer e conversar sem seguir ''roteiros''.
Sempre temos a idealização de alguém, com x qualidades, 0 defeitos etc, etc. A pessoa dos nossos sonhos não existe e nunca irá.
O problema é: a gente não sai do lugar, é uma constante de tédio e desinteresse contínuo.
Ok, mas onde quero chegar nisso tudo? O David conheceu uma pessoa compatível com ele, ao mesmo tempo que ''conversava e estreitava os laços'' com o Andy, o cara da fita.
Um filme sobre solidão, dependência e confusão.
David é um homem a procura de um encontro numa espécie de Tinder dos anos 80, utilizando fitas cassetes. Ele vive com sua mãe, que possui demência, e precisa ficar a maior parte do tempo com ela. Certo dia na locadora, ele encontra uma fita com o título de ''Alugue um Amigo'' e a leva para casa. Seria uma saída para a sua solidão?
-Contém spoilers-
Hoje em dia é quase impossível não estar cercado de tecnologia, distrações e todos os tipos de companhias virtuais. Mas, ao mesmo tempo, é quase impossível não se sentir solitário no meio disso tudo.
David é um homem a procura de um encontro numa espécie de Tinder dos anos 80, utilizando fitas cassetes. Ele vive com sua mãe, que possui demência, e precisa ficar a maior parte do tempo com ela. Certo dia na locadora, ele encontra uma fita com o título de ''Alugue um Amigo'' e a leva para casa. Seria uma saída para a sua solidão?
-Contém spoilers-
Hoje em dia é quase impossível não estar cercado de tecnologia, distrações e todos os tipos de companhias virtuais. Mas, ao mesmo tempo, é quase impossível não se sentir solitário no meio disso tudo.
Quem nunca entrou num desses sites de relacionamentos apenas para conversar com alguém aleatório? Sem pretensões, apenas para bater um papo. É igualmente deprimente, as pessoas parecem robôs conversando, é difícil encontrar alguém com interesse de realmente te conhecer e conversar sem seguir ''roteiros''.
Sempre temos a idealização de alguém, com x qualidades, 0 defeitos etc, etc. A pessoa dos nossos sonhos não existe e nunca irá.
E depois de lidarmos com essas frustrações vamos ao nosso espaço de conforto: nossa bolha. Vendo as mesmas coisas, assistindo os mesmos filmes, ouvindo as mesmas músicas.
O problema é: a gente não sai do lugar, é uma constante de tédio e desinteresse contínuo.
Decoramos as nossas preferências; é mais fácil lidarmos com algo tecnológico do que com um outro ser humano. Se não gosto de uma música, passo para a próxima, mas não posso ignorar o que outra pessoa diz ou sente quando conversamos pessoalmente.
Dá para entender?
Ok, mas onde quero chegar nisso tudo? O David conheceu uma pessoa compatível com ele, ao mesmo tempo que ''conversava e estreitava os laços'' com o Andy, o cara da fita.
O quão confortável é lidar com a solidão?
No fim das contas, sempre acabamos ''alugando companhias'', enquanto ignoramos o mundo real e os afetos reais.
Escrito em 30/01/2021
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